quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A MAIOR DECLARAÇÃO DE AMOR DO MUNDO

Havia uma garota cega que se odiava pelo fato de ser cega!!!
Ela também odiava a todos exceto ao seu namorado!!!
Um dia ela disse que se pudesse ver o mundo, ela se casaria com seu namorado.
Em um dia de sorte, alguém doou um par de olhos a ela!!!
Então o seu namorado perguntou a ela:
Agora que você pode ver, você se casa comigo?
A garota estava chocada quando ela viu que seu namorado era cego!!!
Ela disse: Eu sinto muito, mas não posso me casar com você porque você é
cego!!! O namorado afastando-se dela em lágrimas disse:

Por favor, apenas cuide bem dos meus olhos, eles eram muito importantes pra mim...

Nunca despreze quem ama você... As vezes as pessoas fazem certos
sacrifícios e nós nem ligamos... Pense nisto e conte  para o maior número de pessoas
que puder , para que elas se liguem e reflitam que nesse mundo só falta
AMOR!♥

SAFENA (Elisa Lucinda)

Sabe o que é um coração amar ao máximo de seu sangue? Bater até o auge de seu baticum? Não, você não sabe de jeito nenhum. Agora chega. Reforma no meu peito! Pedreiros, pintores, raspadores de mágoas aproximem-se! Rolos, rolas, tinta, tijolo comecem a obra! Por favor, mestre de Horas Tempo, meu fiel carpinteiro comece você primeiro passando verniz nos móveis e vamos tudo de novo, do novo começo. "..." Adeus ao sinto muito do meu jeito Pitos ventres pernas aticem as velas que lá vou de novo na solteirice exposta ao mar da mulatice à honra das novas uniões. Vassouras, rodos, águas, flanelas e cercas Protejam as beiras lustrem as superfícies aspirem os tapetes Vai começar o banquete de amar de novo Gatos, heróis, artistas, príncipes e foliões Façam todos suas inscrições. Sim. Vestirei vermelho carmim escarlate O homem que hoje me amar Encontrará outro lá dentro. Pois que o mate. (Elisa Lucinda)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Oração do Amor

Senhor,
Ilumina meus olhos
Para que eu veja os defeitos da minha alma
E, vendo-os, para que eu não comente
os defeitos alheios.

Senhor,
Leva de mim a tristeza
E não a entregueis a mais ninguém...
Encha meu coração com a divina fé,
Para sempre louvar o vosso nome
E arranca de mim o orgulho e presunção.

Senhor,
Faze de mim um ser humano realmente justo...
Dá-me a esperança de vencer
Minhas ilusões todas.
Planta em meu coração a sementeira do amor
E ajuda-me a fazer feliz
o maior número possível de pessoas,
Para ampliar seus dias risonhos
E resumir suas noites tristonhas...

Senhor,
Transforma meus rivais em companheiros,
Meus companheiros em amigos
Meus amigos em entes queridos...
Não permita que eu seja
um cordeiro perante os fortes
Nem um leão perante os fracos...

Dá-me, Senhor,
O sabor de perdoar
E afasta de mim o desejo de vingança,
Mantendo sempre em meu coração
Somente o amor.

Que assim seja...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Três Elementos

AS VEZES TENHO VONTADE DE MATAR A ESPERANÇA
AS VEZES TENHO VONTADE DE PERDER A ILUSÃO
AS VEZES TENHO VONTADE DE ME RECOLHER NA SOLIDÃO

 QUE BOM... SOMENTE AS VEZES...
SEM ESPERANÇA E ILUSÃO , VIVENDO NA SOLIDÃO

TERIAM QUE ME ENTERRAR, ENTÃO...

Da Chegada do Amor (Elisa Lucinda)

Sempre quis um amor que falasse que soubesse o que sentisse. Sempre quis uma amor que elaborasse Que quando dormisse ressonasse confiança no sopro do sono e trouxesse beijo no clarão da amanhecice. Sempre quis um amor que coubesse no que me disse. Sempre quis uma meninice entre menino e senhor uma cachorrice onde tanto pudesse a sem-vergonhice do macho quanto a sabedoria do sabedor. Sempre quis um amor cujo BOM DIA! morasse na eternidade de encadear os tempos: passado presente futuro coisa da mesma embocadura sabor da mesma golada. Sempre quis um amor de goleadas cuja rede complexa do pano de fundo dos seres não assustasse. Sempre quis um amor que não se incomodasse quando a poesia da cama me levasse. Sempre quis uma amor que não se chateasse diante das diferenças. Agora, diante da encomenda metade de mim rasga afoita o embrulho e a outra metade é o futuro de saber o segredo que enrola o laço, é observar o desenho do invólucro e compará-lo com a calma da alma o seu conteúdo. Contudo sempre quis um amor que me coubesse futuro e me alternasse em menina e adulto que ora eu fosse o fácil, o sério e ora um doce mistério que ora eu fosse medo-asneira e ora eu fosse brincadeira ultra-sonografia do furor, sempre quis um amor que sem tensa-corrida-de ocorresse. Sempre quis um amor que acontecesse sem esforço sem medo da inspiração por ele acabar. Sempre quis um amor de abafar, (não o caso) mas cuja demora de ocaso estivesse imensamente nas nossas mãos. Sem senãos. Sempre quis um amor com definição de quero sem o lero-lero da falsa sedução. Eu sempre disse não à constituição dos séculos que diz que o "garantido" amor é a sua negação. Sempre quis um amor que gozasse e que pouco antes de chegar a esse céu se anunciasse. Sempre quis um amor que vivesse a felicidade sem reclamar dela ou disso. Sempre quis um amor não omisso e que sua estórias me contasse. Ah, eu sempre quis um amor que amasse. (Elisa Lucinda)

MAPA DA MINA (Elisa Lucinda)

Na porta do hall que dá nos interiores do meu coração tem uma moça com uma lança na mão. Quem chega não pode entrar assim desastrado ter acesso ao palácio ao segredo diário ao doce difícil apiário de sua função Pode não. Na frente tem um jardim depois a sala de estar que é também a da espera. Lá tem um bar pra quem quiser beber tem até um "sumiê" que é de derreter a gente. ardente, lá tem instalado um ar-condicionado a arejar que é pra disfarçar a quentura que vem de dentro. Na divisa do corredor em cima do gongá tem um andor com uma guerreira treinada pra fazer alguns testes que é pra ver quem merece entrar conhecer, se esparramar. Tem teste de olhar Tem prova de fogo Tem prova real Tem a qualidade do jogo Tem argüição geral Tem fino escambau A moça não deixa entrar só passa quem exuberar fatal ou quem conseguir ousar dela escapar. Aquele que entrar há de tratar de não desarrumar a mesa posta a comida bem-feita a flor do jarro. Tudo é muito custoso por isso caro Tudo é pouco e virtuoso por isso cristal Tudo é garimpado e perseverante por isso diamante por isso avante mas não repuxe o tapete nem jogue cinzas no canto. O bem-vindo há que chegar e incensar. Se sair, que ao sair deixe tudo no lugar. Se ficar, há que construir mais uma sala, em vez de falas, nem que seja uma puxada lá atrás. Mas faça carinho nos móveis: lá tudo é vida ali tudo respira sangue e sentimento. Por isso a guerreira precisa barrar os nojentos os vampiros peçonhentos disfarçados de príncipes. Ó, é muito simples, como entrar numa floresta. Isso é aviso, é instrução isso é precaução de coração vivido onde tantas vezes o penetra deixou a porta aberta e destruição no rastro do tesão. Hoje, fruta esperta, protejo o quintal. E se faço esse escarcéu, na portaria não é nem por ser convencida, mulher superior rainha metida à beça ou raivosa cadela. Se faço isso e vivo na cautela, é que sou muito amiga dela. (Elisa Lucinda)

NO ELEVADOR DO FILHO DE DEUS ( Elisa Lucinda)

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
Que eu já tô ficando craque em ressurreição.
Bobeou eu tô morrendo
Na minha extrema pulsão
Na minha extrema-unção
Na minha extrema menção
de acordar viva todo dia
Há dores que sinceramente eu não resolvo
sinceramente sucumbo
Há nós que não dissolvo
e me torno moribundo de doer daquele corte
do haver sangramento e forte
que vem no mesmo malote das coisas queridas
Vem dentro dos amores
dentro das perdas de coisas antes possuídas
dentro das alegrias havidas

Há porradas que não tem saída
há um monte de "não era isso que eu queria"
Outro dia, acabei de morrer
depois de uma crise sobre o existencialismo
3º mundo, ideologia e inflação...
E quando penso que não
me vejo ressurgida no banheiro
feito punheteiro de chuveiro
Sem cor, sem fala
nem informática nem cabala
eu era uma espécie de Lázara
poeta ressucitada
passaporte sem mala
com destino de nada!

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida
ensaiar mil vezes a séria despedida
a morte real do gastamento do corpo
a coisa mal resolvida
daquela morte florida
cheia de pêsames nos ombros dos parentes chorosos
cheio do sorriso culpado dos inimigos invejosos
que já to ficando especialista em renascimento

Hoje, praticamente, eu morro quando quero:
às vezes só porque não foi um bom desfecho
ou porque eu não concordo
Ou uma bela puxada no tapete
ou porque eu mesma me enrolo
Não dá outra: tiro o chinelo...
E dou uma morrida!
Não atendo telefone, campainha...
Fico aí camisolenta em estado de éter
nem zangada, nem histérica, nem puta da vida!
Tô nocauteada, tô morrida!

Morte cotidiana é boa porque além de ser uma pausa
não tem aquela ansiedade para entrar em cena
É uma espécie de venda
uma espécie de encomenda que a gente faz
pra ter depois ter um produto com maior resistência
onde a gente se recolhe (e quem não assume nega)
e fica feito a justiça: cega
Depois acorda bela
corta os cabelos
muda a maquiagem
reinventa modelos
reencontra os amigos que fazem a velha e merecida
pergunta ao teu eu: "Onde cê tava? Tava sumida, morreu?"
E a gente com aquela cara de fantasma moderno,
de expersona falida:
- Não, tava só deprimida.
Elisa Lucinda