sexta-feira, 11 de junho de 2010

A Canção de qualquer mãe (Lya Luft)

Que nossa vida, meus filhos, tecida de encontros e desencontros, como a de todo mundo, tenha por baixo um rio de águas generosas, um entendimento acima das palavras e um afeto além dos gestos – algo que só pode nascer entre nós. Que quando eu me aproxime, meu filho, você não se encolha nem um milímetro com medo de voltar a ser menino, você que já é um homem. Que quando eu a olhe, minha filha, você não se sinta criticada ou avaliada, mas simplesmente adorada, como desde o primeiro instante.
Que, quando se lembrarem de sua infância, não recordem os dias difíceis (vocês nem sabiam), o trabalho cansativo, a saúde não tão boa, o casamento numa pequena ou grande crise, os nervos à flor da pele – aqueles dias em que, até hoje arrependida, dei um tapa que ainda agora dói em mim, ou disse uma palavra injusta. Lembrem-se dos deliciosos momentos em família, das risadas, das histórias na hora de dormir, do bolo que embatumou, mas que vocês, pequenos, comeram dizendo que estava maravilhoso. Que pensando em sua adolescência não recordem minhas distrações, minhas imperfeições e impropriedades, mas as caminhadas pela praia, o sorvete na esquina, a lição de casa na mesa de jantar, a sensação de aconchego, sentados na sala cada um com sua ocupação.
Que quando precisarem de mim, meus filhos, vocês nunca hesitem em chamar: mãe! Seja para prender um botão na camisa, ficar com uma criança, segurar a mão, tentar fazer baixar a febre, socorrer com qualquer tipo de recurso, ou apenas escutar qualquer queixa ou preocupação. Não é preciso constrangerem-se de ser filhos querendo mãe, só porque vocês também já são grisalhos, ou com filhos crescidos, com suas alegrias e dores, como eu tenho e tive as minhas. Que, independente da hora e do lugar, a gente se sinta bem pensando no outro. Que essa consciência faça expandir-se a vida e o coração, na certeza de que aquela pessoa, seja onde for, vai saber entender; o que não entende vai absorver; e o que não entendeu vai enfeitar e tornar bom.
Que quando nos afastarmos isso seja sem dilaceramento, ainda que com passageira tristeza, porque todos devem seguir seu caminho, mesmo que isso signifique alguma distância: e que todo reencontro seja de grandes abraços e boas risadas. Esse é um tipo de amor que independe de presença e tempo. Que quando estivermos juntos vocês encarem com algum bom humor e muita naturalidade se houver raízes grisalhas no meu cabelo, se eu começar a repetir histórias, e de tantas vezes só de olhar pra vocês meus olhos se encherem de lágrimas: serão apenas de alegria porque vocês estão aí.
Que quando pareço mais cansada vocês não tenham receio de que eu preciso de mais ajuda do que vocês podem me dar: provavelmente não precisarei de mais apoio do que do seu carinho, da sua atenção natural e jamais forçada. E, se precisar de mais que isso, não se culpem se por vezes for difícil, ou trabalhoso ou tedioso, se lhes causar susto ou dor: as coisas são assim. Que, se um dia eu começar a me confundir, esse eventual efeito de um longo tempo de vida não os assuste: tentem entrar no meu novo mundo, sem drama nem culpa, mesmo quando se impacientarem, toda a transformação do nascimento à morte é um dom da natureza, e uma forma de crescimento.
Que em qualquer momento, meus filhos, sendo eu qualquer mãe, de qualquer raça, credo, idade ou instrução, vocês possam perceber em mim, ainda que numa cintilação breve, a inapagável sensação de quando vocês foram colocados pela primeira vez em meus braços: misto de susto, plenitude e ternura, maior e mais importante do que todas as glórias da arte e da ciência, mais sério do que as tentativas dos filósofos de explicar os enigmas da existência. A sensação que vinha do seu cheiro, da sua pele, de seu rostinho, e da consciência de que ali havia, a partir de mim e desse amor, uma nova pessoa, com seu destino e sua vida, nesta bela e complicada terra. E assim sendo, meus filhos, vocês terão sempre me dado muito mais do que esperei ou mereci ou imaginei ter.
Lya Luft - Revista Veja 12/05/2010

Enviado por Chrys Funari

quarta-feira, 26 de maio de 2010

RECOMEÇAR

                       Não importa onde você parou...
em que momento da vida você cansou...
o que importa é que sempre é possível e
necessário "Recomeçar".

Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
é renovar as esperanças na vida e o mais importante...
acreditar em você de novo.

Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado...
Chorou muito?
foi limpeza da alma...

Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia...

Sentiu-se só por diversas vezes?
é porque fechaste a porta até para os anjos...

Acreditou que tudo estava perdido?
era o início da tua melhora...

Pois é...agora é hora de reiniciar...de pensar na luz...
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.

Que tal
Um corte de cabelo arrojado...diferente?
Um novo curso...ou aquele velho desejo de aprender a
pintar...desenhar...dominar o computador...
ou qualquer outra coisa...

Olha quanto desafio...
quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te
esperando.

Tá se sentindo sozinho?
besteira...tem tanta gente que você afastou com o
seu "período de isolamento"...
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu
para "chegar" perto de você.

Quando nos trancamos na tristeza...
nem nós mesmos nos suportamos...
ficamos horríveis...
o mal humor vai comendo nosso fígado...
até a boca fica amarga.

Recomeçar...
hoje é um bom dia para começar novos
desafios.

Onde você quer chegar?
ir alto...sonhe alto... queira o
melhor do melhor... queira coisas boas para a vida...
 pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos...
 se pensamos pequeno...
coisas pequenas teremos...

já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente
lutarmos pelo melhor...
o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental...
joga fora tudo que te prende ao passado... ao mundinho
de coisas tristes...

fotos...peças de roupa, papel de bala...ingressos de
cinema, bilhetes de viagens...
e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados...
 jogue tudo fora... mas principalmente...
esvazie seu coração... fique pronto para a vida...
para um novo amor...

 Lembre-se somos apaixonáveis...
somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes...
 afinal de contas...
Nós somos o "Amor"...

" Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do
tamanho da minha altura."

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A vida ensina...

A vida me ensinou...
A dizer adeus às pessoas que amo,
Sem tira-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostra-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade,
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir;
Aprender com meus erros .
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças;
Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo,
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente,
Pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente,
Pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordada;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;(Já fiz d+ esse ano)
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e esta me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.
Sou feliz amo minha vida, minha família, meus amigos, meu amor, meus colegas, meus rivais!!!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O destino decide quem vamos encontrar na vida, às atitudes decidem quem fica.

"Cada pensamento nosso, no qual colocamos crédito, provoca uma atitude.
Nossas atitudes são fruto de nossas crenças.
Agimos de acordo com elas.
Cada atitude nossa movimenta nossa energia ao nosso redor e promove uma reação. É como quando estamos dentro de uma piscina. Qualquer gesto movimenta a água em ondas que vão e vem, reagindo ao nosso contato.
Estamos todos mergulhados na mente universal, como quando estamos dentro da água, cercado de energias. Elas são neutra. São nossas atitudes que lhes dão padrão e as projetam para o futuro, provocando reações dentro do sistema, que reage e responde, devolvendo o resultado...
Nossas atitudes escrevem nosso destino. 
Nós somos responsáveis pela vida que temos.
Culpar os outros pelo que nos acontece é cultivar a ilusão.
A aprendizagem é nossa e ninguém poderá fazê-la por nós, assim como nós não podemos fazer pelos outros.
Quando mais depressa aprendemos isso menos sofremos."

Autor desconhecido

METADE (Oswaldo Montenegro)

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe seja linda ainda que tristeza
Que o homem que amo seja pra sempre amado mesmo que distante
Porque metade de mim é partida mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor...
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um mulher inundada de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço
E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que penso mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
E que convívio comigo mesma se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria pra me fazer  aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela mesma não saiba
E que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada porque metade de mim é amor...
e a outra metade... também.

domingo, 18 de outubro de 2009

Razão ou Emoção?

A vida é muito mais que um dia após o outro.

Viver significa sentir...
As sensações são a real motivação para a vida.
AMAR ODIAR RIR CHORAR  medo angústia dor etc.,etc.
São as emoções que dão significado à vida.
Mas,simultaneamente as emoções percebemos uma força contrária ao sentido; A Razão.
Então vem o questionamento: Se são as emoções que dão forma à vida, por que seguimos sempre valorizando e (pelo menos na maioria das vezes) dando ouvidos somente à razão?
A razão é o freio da emoção!
A razão foi feita para atuar como coadjuvante das emoções no "palco da vida".
Ao colocarmos a razão no centro do "palco" perdemos o "ato principal". Os refletores estão evidenciando uma parte da história, mas a razão nos direciona para focarmos nossa atenção em outra parte.
A razão auxilia no entendimento, mas as emoções nos guiam para o crescimento e evolução espiritual: os motivos da vida.
É preciso viver cada emoção, sentir no detalhe, cada sensação que as emoções nos proporcionam, para darmos início a compreensão do "Eu", que nos levará por caminhos ainda não percorridos e, no final, vão nos dar a impressão do significado da vida.
Se não sabemos de onde viemos e para onde vamos, o que nos resta é aproveitarmos o intervalo.
A essência da humanidade está nas emoções que causamos, à nós, e aos outros.
O conceito de Felicidade está na satisfação dos desejos realizados, porém a razão, na maioria das vezes, não nos permite atendermos aos nossos ímpetos de certas realizações, assim, nos condenamos a infelicidade racional e inconciente.
Deixar o ímpeto agir e realizar os desejos é o mistério latente do ser humano.
" - Será que tenho o direito?" (disso ou daquilo)
A dúvida, não é, nada mais, que o "alerta" disparado pela razão mas, lembrando que esta, só exerce a função de "Auxiliar", podemos observar que, a razão só está cumprindo com sua tarefa, com sua função.
Mas, Ele, o Criador: Deus; Nos deixou uma válvula de escape, uma "chave libertadora" nos possibilitando escolher: O livre arbítrio.
Sim, somos livres! Podemos dizer N ã o!!!
Não a oferta da razão, Sim a vontade e ao desejo. Para isto basta atentarmos para uma simples regra: "O meu direito termina onde começa o do outro", e pronto! Como em um passe de mágica, nos libertamos das correntes que a razão nos envolve!
Diga Sim: "Yes we can!!"
O único responsável por Sua Vida é : Você mesmo!
Yes you can!!
Está feliz? Parabéns!!! Você sabe viver.
Está infeliz? Desculpe, a responsabilidade é sua! 
Você pode mudar!
Liberte-se da pressão da razão. Obedeça o livre arbítrio.
Abra a porta para os sentidos das emoções e simplesmente:
Seja Feliz!!!