terça-feira, 26 de outubro de 2010

ÁGAPE

O ágape recebeu um uso maior pelos escritores Cristãos mais antigos como a palavra que denotou especificamente o amor Cristão ou a caridade (I Coríntios 13:8), ou mesmo Deus ele mesmo (I João, 4:8, agape do ein de Theos do, Deus é amor).
O Novo Testamento fornece um número de definições e de exemplos de ágape que geralmente expandem os usados nos textos antigos, denotando o amor entre irmãos, o amor de um esposo com as crianças, e o amor de Deus para todos os povos.
O uso Cristão de ágape vem diretamente dos Evangelhos Canônicos. Quando perguntado qual era o maior mandamento, Jesus disse: "Amai (ágape) ao senhor vosso Deus com todo vosso coração e com toda vossa alma e com toda vossa mente”. Este é o primeiro e maior de todos os mandamentos. E o segundo é: "Amai (ágape) vosso próximo como a vós mesmos. Toda a lei e os Profetas residem nestes dois mandamentos". (Mateus 22: 37-41).
No Sermão da Montanha Jesus diz: "Ouvistes dizer: 'amarás (ágape) teu irmão e odiarás teu inimigo', mas eu vos digo: amai (ágape) vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, e orai por aqueles que vos perseguem e maltratam, pois deste modo sereis filhos de vosso Pai nos céus, aquele que faz com que o sol se levante o mau e sobre o bom, e faz chover sobre o justo e sobre o injusto. Se amais apenas aqueles que vos amam, que recompensa tereis?"
Os escritores Cristãos descreveram geralmente o ágape, como exposto por Jesus, como uma expressão do amor que é incondicional e voluntário, isto é, não discrimina, não tem nenhuma pré-condição, e é algo que se decide fazer voluntariamente. O Apóstolo Paulo descreve o amor como segue: "O amor (ágape) é paciente, o amor é amável. Sem inveja, ele não tem ostentação, ele não é orgulhoso. Não é rude, ele não é interessado, ele não se irrita facilmente, ele não mantém nenhum registro dos erros. O amor não se deleita com o mal mas rejubila com a verdade. Protege sempre, confia sempre, sempre tem esperança, sempre persevera. O amor nunca falha.” (I Coríntios, 13, 4:8).
O ágape foi explanado por muitos escritores Cristãos em um contexto especificamente Cristão. Thomas Jay Oord definiu o ágape como “uma resposta intencional para promover o bem-estar em resposta a quem gerou um mal-estar.”
Fonte:Wikipédia

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O louvor do céu - Parte 4 | Pastor Sérgio Fernandes

Apocalipse 4:8 - ¶ E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.
Antes de voltar ao céu, Jesus prometeu aos discípulos: “vou preparar-vos lugar (...) mas voltarei” (João 14.2,3).

Nós, cristãos, aguardamos o retorno de Jesus Cristo. Não sabemos quando será, mas permanecemos vigilantes e prontos.

Você está preparado para este dia? Cristo virá para buscar aqueles que abandonaram a vida de pecado e decidiram viver para a glória de Deus.

Os sinais no mundo têm nos mostrado que este Dia glorioso se aproxima. Você consegue imaginar a alegria de estar para sempre com Cristo?

Cantemos com os anjos: “Ele há de vir”.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Desabafo

Hoje acordei triste. Mas não triste como sempre, hoje minha tristeza é completa. Uma tristeza maior que eu possa entender, aceitar.
Aceitar que essa tristeza tem razão de ser.
Estou triste por não entender o significado dessa tristeza. Ela invade meu ser e por mais que queira livrar me dela, não consigo, sucumbo. Me entrego a essa dor, que é maior que possa suportar, por um segundo deixo de respirar.
Essa tristeza é feita de enganos, desilusões, decepções, frustrações, ausência de otimismo e alegria.
Sou triste ou estou triste? Não sei explicar.
Estou dentro de mim e procuro, qualquer sinal de vida ou de vontade de vida.Não encontro, então entristeço mais.
Onde estão eles? Os amores, os sabores, os momentos de prazer e alegria?
Então me lembro do sorriso feliz de meus filhos. Ah sim! Esses são minha alegria! Mas imediatamente após me lembro da angustia do futuro incerto. Dos medos que me invade todos os dias. E volto a ser triste, tudo de novo...
Cadê a alegria? Foi embora pra sempre? Ou está tão diferente que não possa vê-la?
Cadê a vontade de ir, de fazer, de acontecer, de viver? De espalhar alegria, fé, coragem, entusiasmo, otimismo, vontade?
Procuro uma mão, uma solução. Peço socorro que ecoa no vazio, só ouço minha voz...
Onde estão meus amigos, meus vizinhos, meus parentes... meus pertences.
Onde estão vocês que podem me olhar e me ver? Será que existem, ou é apenas um pensamento da minha mente triste, que insiste em pedir que existam, que me olhem, que me vejam, que me entendam e me compreendam... que me aceitem. Acariciando meu ego, meu ser, meu viver.
Pertenço ao Mundo, não tenho o meu próprio, não o construí, será que é aí? Que está a razão da solidão? Que me invade sem pedir permissão, na contramão da minha vontade, impedindo minha luta.
Ah, essa luta! Como me machuca. Estou toda rasgada, furada, despedaçada. Cadê meu socorro? Quase morro...Devo continuar a batalha sem fim... Dos porquês sem resposta, dos dias iguais, das mesmas histórias, dos meus rivais... Aqueles internos e eternos, os externos não dão paz. Que paz? Não sei o que é isso, não experimentei, também o amor, o dei e o dou... me disponho a amar sem parar, mas pra que? Sem ter quem me dê?
Nessa loucura de vida e de morte, sem sorte... nem pra viver, nem pra morrer, só estou a espera na janela, que ela (tristeza) se vá e me deixe chorar.
As lágrimas limpam, lapidam a dor, transformam a frágil areia na sólida ponte para um novo começo...
Recomeçar... Dizia Drummond, que é necessário, mas onde está? A coragem de passar pelos mesmos caminhos de espinhos, sabendo que irão machucar, não a pele macia mas as feridas abertas, a carne viva que não consegue curar...
Então, peço a vida que me dixe ir e tentar, mais uma vez e tentar outra vez. Dessa vez diferente, do meu jeito, sem pedir permissão... A Deus peço força, que me estenda as Mãos e segure as ondas, os ventos, a tempestade que me impedem a passagem, dessa minha vida infeliz para uma nova realidade...
Será que a terei? Procuro ter fé e se é essa Sua vontade, meu único e amado Pai, vou refazer, conforme minha Fé, um novo começo.
Me ponho em pé! O resto é Contigo, que é meu Amigo e sei que me ouve... e nessa quase oração te peço perdão e me entrego de novo, ao seu poder que me ajuda a vencer!

SUGESTÕES PARA QUEM SOFRE (Arthur da Távola)

Experimente olhar tudo em seu fluxo feito de conexões e desconexões eternas e começará a compreender a complexidade da tarefa de viver. Vida é o drama criativo da existência. Existir e insistir será sempre problemático. Impõe cautela, acuidade, observação, ausência de plenas respostas. Viver dói, mas cura. Apesar do erros. Repare em tudo o que começa a dar certo dentro de você, compatibilizando seu ser com a sua vida. Prepare-se para o que começa a se encaminhar para o que é bom em você! Seja capaz de aceitar e também enfrentar tudo de melhor que tem. É preciso força e coragem para aceitar o bem que mora em nós. Coragem serena, não arrogância. Prepara-se para a sua capacidade de amar, para sua melhor beleza, para fazer cada vez melhor o que você sabe, seja quindim, amor, coleção de selos, estudos transcendentais, harpa, pipoca, sinuca ou cirurgia ocular. Prepara-se para dar certo. Para ser querida. Para merecer o amor que teme. Aceite a pluralidade da vida. Somos vários num só e há muitas verdades no mundo, todas precárias. “Há tantas religiões quanto pessoas” (dizia Ghandi). Há tantos métodos quanto indivíduos. Experimente descobrir e até, se for possível, aceitar a visão da verdade que impulsiona o seu adversário e anima a luta de seu inimigo. Ouça o que ele tem a ensinar ainda que sob o manto da maldade ou da injustiça. Pense em todas as direções, com mão e contramão em cada estrada.  Repare que só cresce e melhora quem entra, enfrenta e aceita o seu pior. Abra-se sem receio para tudo o que seja compreensão, até do que nunca foi nem será entendido. Aceite a complexidade que faz a vida e anima o homem a se agitar neste mundo, buscando realizar o que nunca conseguirá plenamente, mas lhe dará o alívio do dever cumprido uma das grandes Graças de Deus. (Arthur da Távola)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Texto de Dr. Moorehead

Nós bebemos demais, fumamos demais, gastamos sem critérios, dirigimos rápido demais, ficamos acordados até muito mais tarde, acordamos muito cansados, lemos muito pouco, assistimos TV demais e oramos raramente, esquecemos até que Deus existe.
Multiplicamos nossos bens, mas reduzimos nossos valores. Nós falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos. Fomos e voltamos à Lua, mas temos dificuldade em cruzar a rua e encontrar um novo vizinho.
Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio. Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores. Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos. Aprendemos a nos apressar e não, a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar mais informação, produzir mais cópias do que nunca, mas nos comunicamos menos. Estamos na era do ‘fast-food’ e da digestão lenta; do homem grande de caráter pequeno; lucros acentuados e relações vazias.
Essa é a era de dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados. Essa é a era das viagens rápidas, fraldas e moral descartáveis, das rapidinhas, dos cérebros ocos e das pílulas ‘mágicas’. Um momento de muita coisa na vitrine e muito pouco na despensa. Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar ‘delete’.
Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre. Lembre-se dar um abraço carinhoso num amigo, pois não lhe custa um centavo sequer. Lembre-se de dizer ‘eu te amo’ à sua companheira (o) e às pessoas que ama, mas, em primeiro lugar, ame… Ame muito.
Um beijo e um abraço curam a dor, quando vêm de lá de dentro. O segredo da vida não é ter tudo que você quer, mas AMAR tudo que você tem!
Por isso, valorize o que você tem e as pessoas que estão ao seu lado.

                          Dr. Moorehead Enviado por Chrys Funari

SER...

HUMANO
Se buscarmos no dicionário encontramos vários sinônimos, significados para o verbo SER.
Vamos começar por estes:
- Exprime a realidade;
-Aquilo que é ou existe;
- O ente Humano;
- Existência, Vida.
No mesmo dicionário encontramos a definição para HUMANO:
- Bondoso, Benfazejo (que gosta de fazer o bem), Compassivo (indica compaixão).
Segundo os dicionários podemos concluir, simplesmente então que:
Ser Humano significa "A existência real no ente humano de bondade e benignidade".

Mas é isto que somos realmente? Ou ainda.
É isto que nos permitirmos ser?

Vamos do início, então.
Nascemos frágeis, dependentes e inconscientes.
Aprendemos com o exemplo das impressões e atitudes que vemos durante o longo processo do crescimento. Anos: 15 ou 20 ou até mais dependendo de cada um, para concluirmos que chegamos a idade adulta. Quando criança, por conta da inocência,que significa ausência de consciência, ou ainda ignorância do mal, pureza, exercemos a plena atitude de ser Ser Humano.
Não há maldade intencional, não há vingança, não há ódio, não há nada que prejudique a capacidade de amar, perdoar, doar.
Passam-se os anos e com eles a lucidez. Tornamo-nos loucos desvairados em busca de "sonhos" "objetivos" "metas" "felicidade".Chega a amnésia, e em nome destes, que buscamos, vamos nos perdendo de nossa natureza e, contrariamente ao início de nossa existência, deixamos o mal assombrear a alma e como consequência os olhos e vamos agindo por desconfianças, amarguras, vinganças, desamor, maldade, injustiça.

"A maldade está nos olhos de quem vê". Pura realidade.

Porém, atrás dessa nuvem do "mal", que cultivamos durante toda a vida, está lá; intocável e imortal, a primeira pessoa que chegou aqui antes de mim e de você.
Está lá, linda, resplandecente e muito muito feliz, mais do que qualquer sonho ou objetivo ora alcançado pode proporcionar.
A minha e a sua criança está dentro de mim e de você. Ela não morre e nunca morrerá. Está sempre dentro de nós em nosso âmago.

Seremos felizes o dia em que deixarmos de ser adultos e nos tornarmos mais uma vez crianças.

Então, veremos a Deus vivendo a felicidade na essência e plenitude de seu significado.

Você está pronto para tornar-se HUMANO?

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

GANHEI CORAGEM (Rubem Alves)


"Mesmo o mais corajoso entre nós só raramente tem coragem para aquilo que ele realmente conhece", observou Nietzsche.
É o meu caso.
Muitos pensamentos meus, eu guardei em segredo.
Por medo.
Alberto Camus, leitor de Nietzsche, acrescentou um detalhe acerca da hora em que a coragem chega:
"Só tardiamente ganhamos a coragem de assumir aquilo que sabemos".
Tardiamente.
Na velhice.
Como estou velho, ganhei coragem.
Vou dizer aquilo sobre o que me calei:
"O povo unido jamais será vencido", é disso que eu tenho medo.
Em tempos passados, invocava-se o nome de Deus como fundamento da ordem política.
Mas Deus foi exilado e o "povo" tomou o seu lugar:
 a democracia é o governo do povo.
Não sei se foi bom negócio;
o fato é que a vontade do povo, além de não ser confiável, é de uma imensa mediocridade.
Basta ver os programas de TV que o povo prefere.
A Teologia da Libertação sacralizou o povo
como instrumento de libertação histórica.
Nada mais distante dos textos bíblicos.
Na Bíblia, o povo e Deus andam sempre em direções opostas.
Bastou que Moisés, líder, se distraísse na montanha para que o povo, na planície, se entregasse à adoração de um bezerro de ouro.
Voltando das alturas, Moisés ficou tão furioso que quebrou as tábuas com os Dez Mandamentos.
E a história do profeta Oséias, homem apaixonado!
Seu coração se derretia ao contemplar o rosto da mulher que amava!
Mas ela tinha outras idéias.
Amava a prostituição.
Pulava de amante e amante enquanto o amor de Oséias pulava de perdão a perdão.
Até que ela o abandonou.
Passado muito tempo, Oséias perambulava solitário pelo mercado de escravos.
E o que foi que viu?
Viu a sua amada sendo vendida como escrava.
Oséias não teve dúvidas.
Comprou-a e disse:
"Agora você será minha para sempre.".
Pois o profeta transformou a sua desdita amorosa numa parábola do amor de Deus.
Deus era o amante apaixonado.
O povo era a prostituta.
Ele amava a prostituta, mas sabia que ela não era confiável.
O povo preferia os falsos profetas aos verdadeiros, porque os falsos profetas lhe contavam mentiras.
As mentiras são doces; a verdade é amarga.
Os políticos romanos sabiam que o povo se enrola com pão e circo.
No tempo dos romanos, o circo eram os cristãos sendo devorados pelos leões.
E como o povo gostava de ver o sangue e ouvir os gritos!
As coisas mudaram.
Os cristãos, de comida para os leões,
se transformaram em donos do circo.
O circo cristão era diferente:
judeus, bruxas e hereges sendo queimados em praças públicas.
As praças ficavam apinhadas com o povo em festa, se alegrando com o cheiro de churrasco e os gritos.
Reinhold Niebuhr, teólogo moral protestante, no seu livro "O Homem Moral e a Sociedade Imoral" observa que os indivíduos, isolados, têm consciência.
São seres morais.
Sentem-se "responsáveis" por aquilo que fazem.
Mas quando passam a pertencer a um grupo,
a razão é silenciada pelas emoções coletivas.
Indivíduos que, isoladamente,
são incapazes de fazer mal a uma borboleta,
se incorporados a um grupo tornam-se capazes dos atos mais cruéis.
Participam de linchamentos, são capazes de pôr fogo num índio adormecido e de jogar uma bomba no meio da torcida do time rival.
Indivíduos são seres morais.
Mas o povo não é moral.
O povo é uma prostituta que se vende a preço baixo.
Seria maravilhoso se o povo agisse de forma racional, segundo a verdade e segundo os interesses da coletividade.
É sobre esse pressuposto que se constrói a democracia.
Mas uma das características do povo é a facilidade com que ele é enganado.
O povo é movido pelo poder das imagens e não pelo poder da razão.
Quem decide as eleições e a democracia são os produtores de imagens.
Os votos, nas eleições, dizem quem é o artista que produz as imagens mais sedutoras.
O povo não pensa.
Somente os indivíduos pensam.
Mas o povo detesta os indivíduos que se recusam a ser assimilados à coletividade.
Uma coisa é a massa de manobra sobre a qual os espertos trabalham.
Nem Freud, nem Nietzsche e nem Jesus Cristo confiavam no povo.
Jesus foi crucificado pelo voto popular, que elegeu Barrabás.
Durante a revolução cultural, na China de Mao-Tse-Tung, o povo queimava violinos em nome da verdade proletária.
Não sei que outras coisas o povo é capaz de queimar.
O nazismo era um movimento popular.
O povo alemão amava o Führer.
O povo, unido, jamais será vencido!
Tenho vários gostos que não são populares.
Alguns já me acusaram de gostos aristocráticos.
Mas, que posso fazer?
Gosto de Bach, de Brahms, de Fernando Pessoa, de Nietzsche, de Saramago, de silêncio;
não gosto de churrasco, não gosto de rock,
não gosto de música sertaneja,
não gosto de futebol.
Tenho medo de que, num eventual triunfo do gosto do povo, eu venha a ser obrigado a queimar os meus gostos e a engolir sapos e a brincar de "boca-de-forno", à semelhança do que aconteceu na China.
De vez em quando, raramente, o povo fica bonito.
Mas, para que esse acontecimento raro aconteça, é preciso que um poeta entoe uma canção e o povo escute: "Caminhando e cantando e seguindo a canção.", Isso é tarefa para os artistas e educadores.
O povo que amo não é uma realidade, é uma esperança.

Rubem Alves.
Colunista da Folha de São Paulo.
Enviado por Chrys Funari